[RESENHA] O Destino do tigre - Colleen Houck
O DESTINO DO TIGRE – COLLEEN HOUCK
Com três profecias da deusa Durga solucionadas, agora resta apenas uma
no caminho de Kelsey, Ren e Kishan para que a maldição seja quebrada. Mas o
maior desafio do trio os aguarda: A busca pelo último presente de Durga – A
corda de fogo – na Ilha Barren situadas na Baía de Bengala. Uma busca que
ameaçará suas vidas. É uma corrida contra o tempo e o malvado feiticeiro Lokesh
– neste ansiosamente aguardado quarto livro da série A Maldição do Tigre –
colocará o bem contra o mal, testará laços de amor e lealdade, e , finalmente,
revelará o verdadeiro destino do Tigre, de uma vez por todas.
E
finalmente, depois de muito tempo de espera, finalmente consegui ler o último –
por enquanto – livro da série por qual sou loucamente apaixonada; O destino do
tigre. Estava ao mesmo tempo extremamente curiosa e aflita sobre o rumo final
que a autora daria à história. Por isso, admito que comecei a ler com um pé
atrás, pois costumo me decepcionar com o fechamento de algumas séries e temia
que isto acontecesse com nada menos que a minha série YA favorita.
Porém, o
negócio foi outro, Colleen não me decepcionou nenhum pouquinho. O destino do
tigre é de longe, o melhor de todos. Porque foi o mais repleto de aventuras, e
também o mais significativo e decisivo na vida das personagens.
O nosso
trio, parte em busca do último presente de Durga, o único que falta para que a
maldição dos tigres finalmente seja quebrada. No entanto esta não é a única
preocupação deles, já que Lokesh está cada vez mais poderoso e deseja tomar
Kelsey para si, mais do que a qualquer outra coisa. Por isto que a história já
começa com Kelsey sequestrada e mantida em cativeiro pelo vilão.
O desafio
pelo qual nossa heroína irá passar, agora é bem maior. O fogo. A fênix. Os
principais obstáculos. A aventura finalmente chegou ao clímax, repleta de
perigos e características únicas e instigantes. Destaque também para a tribo
dos Rakshasas, um dos grandes desafios que eles encontrarão no caminho.
Em O destino
do tigre, nossos personagens estão bem mais maduros, principalmente Kelsey.
Aliás, um dos fatores que fez com que eu gostasse desta série desde o início, é
que a protagonista nunca foi a mocinha indefesa, dependente e fraca. Sempre foi
a responsável por tomar a frente, enfrentar o perigo cara a cara e defender os
seus tigres, e neste último volume não é nenhum pouquinho diferente.
Em se
tratando do lado romântico da coisa, Kelsey continua indecisa sobre os irmãos
indianos. Gosta de Kishan, mas ama Ren. Só teme que a personalidade heroica de
Ren, sempre querendo protege-la e abandonando o barco no primeiro momento só
para que ela possa se salvar, acabe deixando-a sozinha e solitária no mundo. E
Kelsey sabe que a segurança e estabilidade de um futuro tranquilo e certo, só
Kishan tem a oferecer.
“_ Como estou olhando para
você?
_ Como se eu fosse um
antílope. Como antes.
Ren sorriu, mas logo sua
expressão tornou-se séria quando ele me puxou para os seus braços.
_Talvez seja porque estou
faminto.
_Não comeu hoje de manhã?
– Minha tentativa de diluir a tensão com humor fracassou.
_Não é comida o que eu
quero, Kelsey. Tenho fome de você.” Página
140
Mas ela não
pode continuar mentindo para si mesma e para os irmãos para sempre e em um dos
grandes desafios que enfrenta, envolve admitir para si mesma que ainda ama Ren.
Louca e desesperadamente e para isso, acaba sendo queimada viva. Uma das cenas
mais emocionantes – na minha opinião, da obra.
“Apoiei o pé esquerdo,
agora descalço, no chão, e logo pulei para o pé direito. O minúsculo pedaço de
sapato que restava derreteu. Gritei em agonia, mas me recusei a deixar o
caminho. O que sobrara da parte de cima da meia estava se consumindo. Com uma
força inumana, arranquei-a e olhei meus pés enegrecidos. A pele acima dos
tornozelos estava vermelha e coberta por bolhas horríveis.” Página 147
Só que eu
esqueci de mencionar uma outra coisinha, a história não se passa apenas neste
ambiente. Porque o trio acaba voltando ao passado e conhecendo Durga. A deusa
Durga, em sua versão humana. Kelsey vê seu mundo desmoronar e fragmentar em
diversos momentos.
A escrita de
Colleen sempre foi motivo de admiração para mim, e acreditem se quiser, ela
conseguiu se superar duas vezes seguidas – como disse na resenha de A viagem do
tigre.
É difícil
falar muito sem acabar contando tudo, por isso vou deixar que vocês descubram
por si mesmos. Valerá a pena, acreditem!
Beijinhos,
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