O Drunk Questiona - Lu Piras
O DRUNK QUESTIONA – LU PIRAS
Mais uma vez queria te agradecer Lu, é uma honra imensa trazer mais uma entrevista com você, para os nossos queridos leitores do Drunk! Pra começar, uma perguntinha bem básica; você se sente realizada como escritora?
Olá, Kate! Olá, leitores do Drunk! É um
prazer enorme voltar aqui e conversar nesse querido espaço literário com vocês.
Escrever me realiza desde sempre. A carreira que comecei a construir em 2011
existe em função de um sonho antigo que vem se materializando todos os dias em
cada leitor que acredita em minhas histórias. O retorno do leitor é o resultado
de um amor compartilhado, e isso é o mais gratificante da profissão. Estar hoje
em uma grande editora me aproximou de um número maior de leitores e, consequentemente,
a troca entre nós aumentou. Eu não poderia estar mais feliz e realizada.
Confesso
que ainda não tinha lido nada escrito por você, fato do qual me arrependo
amargamente, porque sério, você é incrível! Sinto muito orgulho de você, por
ter conseguido realizar o seu sonho, parabéns Lu! Agora, conta pra gente, você
pretende seguir carreira como autora de romances, ou vai se aventurar por
outros gêneros literários?
Own, muito obrigada, Kate. É muito
importante para o autor saber que é motivo de admiração por outros escritores.
Fico feliz por você torcer por mim e por apostar na nossa carreira. Bem, eu
comecei com o gênero sobrenatural (série Equinócio), ao que seguiram A Última
Nota e Um Herói Para Ela, ambos romances (românticos!). Pretendo me aventurar
por outros gêneros sim. Gosto de me imaginar uma escritora completa. Gosto da
ideia de me deixar desafiar pela literatura.
A
pergunta que não quer calar é, no começo de ‘Um herói para ela’ Bia está
passando por um momento da vida, em que não está feliz com o trabalho que tem,
a faculdade que fez ou os namorados que arruma. Você já passou por isso; já
teve esses momentos de insegurança e indecisão em relação às suas escolhas?
A Bia tem algo de muitas de nós com vinte e
poucos anos. E tem muito de mim. Eu escrevi realmente com propriedade sobre
essa fase da Bia, por conta de experiências que vivi. Demorei a correr atrás
dos meus sonhos, vivi muito tempo numa inércia mecanizada de fazer o que eu
achava que deveria ser minha obrigação e depositando nos outros (namorados, pais, amigos) a responsabilidade
pela minha própria felicidade. Quando fiz trinta e precisei voltar a viver com
meus pais depois de uma separação, a ficha caiu, e eu percebi que precisava
prestar mais atenção ao que eu queria para a minha vida. No dia do meu
aniversário de 30, eu escrevi a minha lista de coisas para fazer. E essa lista,
que hoje guardo na gaveta da minha escrivaninha em um envelope lacrado, só pode
ser lida depois que eu tiver realizado tudo. Eu mentalizei os meus desejos,
mentalizei a vitória, e estou correndo atrás disso. Bem, posso garantir que já
realizei alguns desejos. J Junto com a Bia!
Um
dos fatos que mais admirei em ‘Um herói para ela’ foi a evolução do
relacionamento da Bia com o pais ao longo da história. A decisão dos pais de
Bia, em tomar a frente para decidir pelo sonho da filha, é admirável. Você teve
uma base para isso? Seus pais também são do tipo que te apoiam, em tudo?
Totalmente. Meus pais são meu alicerce.
Eles me apoiaram nos momentos mais complicados e conversam muito comigo. Temos
uma relação de amizade, sobretudo. Existe abertura para ouvir, por isso, posso
dizer que eles devem me conhecer melhor do que eu mesma. Quando eu for mãe,
quero ter essa relação com meus filhos. É importante que os pais conhecerem os
desejos dos filhos, pois enquanto sonhamos revelamos muito sobre quem queremos
nos tornar.
E
qual foi a sua maior dificuldade durante a escrita de ‘Um herói para ela’? Se é
que teve alguma?
A dificuldade, que nem sei se posso chamar
assim (foi prazeroso demais!), foi mais na questão da pesquisa sobre Nova York.
Eu não conheço a cidade. É um desejo meu (olha a lista aí, gente!). ;)
Você está certíssima, Kate! Eu não apenas
amo escrever ouvindo música, como há dias em que preciso de música para
escrever. Ela inspira e ajuda a criar o ambiente das cenas, até mesmo a compor
a personalidade dos personagens. No caso desse romance, um personagem italiano
(não qualquer um: o Salvatore!) pediu uma trilha sonora quase todinha composta
de músicas italianas. Algumas músicas citei na história, como Unchained Melody
(U2), We Are Young (Fun), Io Che Amo Solo Te (Sergio Endrigo), Vorrei (Cesare
Cremonini). Outras, a maioria canções italianas (*suspira*) ouvi repetidamente.
Posso citar algumas: Natura Umana (Gianluca Grignani), Vivime (Laura Pausini e
Tiziano Ferro),Vuoi Vedere Che Te Amo (Gianluca Gringnani e L’Aura), Eppura
Sentire – Um Senso di Te (Elisa), A Te (Jovanotti), Show Me Heaven (Maria
McKee), If I Saved My Heart For You (Carrie Underwood). A banda The Masquerades
também tem o seu repertório próprio, mas deles somente Heaven (Bryan Adams) eu
revelei no livro.
Seja
sincera, tem alguma característica sua que acabou indo para a Bia? Ou vice
versa? Você se identifica com a personagem?
Foi um livro divertido de escrever, por
consequência, foi muito gostoso traçar o perfil da Bia. A escrita fluiu fácil,
porque eu estava no clima para esse tipo de romance. E, sobretudo, porque a Bia
é muito parecida comigo. Era o meu objetivo emprestar um pouco mais de mim à
Bia, do que às outras personagens que criei. Além disso, queria escrever algo
que eu estivesse com muita vontade de ler, sabe? Por isso, Um Herói Para Ela
precisava ter uma pegada bem pra cima, leve, surpreendente, engraçada, irônica,
com uma mensagem bonita e verdadeira, e do tipo cinematográfica (porque as
coisas boas da vida são para ser enxergadas com alta resolução em telas
gigantes!). Eu queria que o meu leitor pensasse que sua vida pode ser melhor do
que qualquer ficção, pois nós somos os roteiristas da nossa própria história.
Nós escolhemos os cenários, os ângulos, as tomadas, incluímos e excluímos cenas
ao nosso bel prazer. E dizemos até o “corta!”, se for preciso. Eu me identifico
com a Bia e ela se identifica com meu público-leitor.
Todos
nós sabemos que ser escritor no Brasil, não é exatamente uma coisa muito fácil,
mas você hoje diria que é uma autora realizada? Como você imagina que será a Lu
Piras daqui a 10 anos?
Qualquer produção artística, um livro, uma
peça, um filme, uma música, uma pintura, envolve alma. Alma não se vende, porém,
se doa. A literatura é a minha vida, pois eu vivo integralmente em função dela.
Ainda que os frutos financeiros não me permitam subsistir sem uma segunda
profissão, me sinto plena e feliz, portanto, realizada com o meu trabalho. Em
dez anos espero ter me tornado uma escritora completa no sentido da
versatilidade de estilos e gêneros por onde quero me aventurar. Quero ter
escrito a minha obra-prima, pois, sim, esse é meu grande objetivo: tornar o
próximo, o meu melhor trabalho.
E
como não pode faltar, a pergunta mais importante de todas, já tem algum livro
novo nascendo? Ou a ideia ao menos? Eu particularmente estou muito curiosa
sobre isso!
Mais de um. Tenho pelo menos cinco projetos
em andamento, dos quais, três são continuações. Não posso adiantar muito, mas
tenho certeza de que serão boas surpresas!
Gostaram da nossa entrevista com a Lu?!
Ameeeeeeeeeeeeei!
ResponderExcluirLinda! Amei receber essa sua visita aqui no blog, muito sucesso para você Lu!
ResponderExcluirBeijão
Oi!! Eu amei a entrevista!! Também amo a Lu e estou louca para ler "Um Herói Para Ela". Beijos :)
ResponderExcluirObrigada, Lu! <3333
ExcluirObrigada Luiza, amei a sua visita! A Lu é mesmo incrível! Volte sempre hein ;)
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