[RESENHA] Insurgente - Veronica Roth (pode conter Spoilers)
INSURGENTE – VERONICA ROTH
Na Chicago futurista criada por
Veronica Roth em Divergente, as facções estão desmoronando. E Beatrice Prior
tem que arcar com as consequências de suas escolhas. Em Insurgente, a jovem
Tris tenta salvar aqueles que ama - e a própria vida – enquanto lida com
questões como mágoa e perdão, identidade e lealdade, política e amor.
Não é
segredo para ninguém, o quanto sou apaixonada por Divergente. Comprei a
trilogia inteira de uma vez só e não me arrependo nenhum pouquinho disso.
Depois de concluir a leitura do primeiro livro da série de Verônica Roth e
constatar que sim, esta foi uma das melhores distopias que eu já li na vida, a
dúvida e a curiosidade me corroeram por semanas. Tive que passar alguns livros
de parceria na frente deste e vocês não imaginam, o quanto sofri com isso.
Se em ‘Divergente’ conhecemos uma Beatrice
corajosa, destemida e altruísta, em ‘Insurgente’ a encontramos bem mais
sombria. Ela perdeu os pais para a guerra iniciada pela Erudição, assassinou um
de seus melhores amigos e foi obrigada a se acovardar diante de Jeanine, para
procurar refúgio. Ela está apavorada e incerta sobre a pessoa que se tornou. Antes
tinha a certeza de pertencer à Audácia. Estava feliz. Agora a antiga facção
conhecida por sua coragem, havia se juntado à Erudição e ao propósito de
Jeanine. Ela não pertencia mais à lugar algum.
“Balanço a cabeça. Não
posso revelar que estou tendo pesadelos com Will, ou teria que explicar o
motivo. O que ele pensaria de mim se soubesse o que fiz? Como será que me
olharia?” Página 55
Os poucos
sobreviventes da Abnegação e os soldados leais da Audácia se espalham entre as
sedes da Franqueza, da Amizade e dos Sem-Facção, à procura de refúgio. Tris,
Tobias, Marcus, Caleb, Peter e mais alguns sobreviventes dos ataques vão para a
sede da Amizade e sofrem horrores para conviver de acordo com as regras da
sede. Sem um líder, a Amizade é repleta de pessoas alegres, despreocupadas e
que em muitos momentos, acabam sendo covardes.
Joana,
ex-integrante da Franqueza, e responsável por coordenar as reuniões da sede não
os recebe muito bem. Aliás, esta é uma
personagem muito forte e que ainda vai dar o que falar! Acredita que os
ex-integrantes da Audácia, são violentos demais, não que ela esteja errada. Em
‘Insurgente’, as facções estão em guerra. Nenhum lugar é seguro. Amigo pode
virar inimigo, inimigo pode virar amigo. E foi o que aconteceu, na maior parte
do livro.
"_ Não quero parar
você. Quero que pare a si mesma. Mas, se você quer ser imprudente, não pode
impedir que eu vá junto.”
Página 248
Não gostei
muito desta nova personalidade da Tris, muitas vezes a considerei egoísta. Por
carregar a morte de Will nas costas, ela acaba se distanciando muito de Tobias
e das pessoas com as quais costumava se importar. E acaba tomando um rumo
suicida, o que me deixou irritada e tornou a história cansativa, num primeiro
momento.
Neste
segundo volume da série, personagens que considerei pouco explorados no
primeiro, tomam destaque total. No caso, os sem-facção. É isso ai galera, essa
turma tem um papel muito grande em ‘Insurgente’. Não posso contar muito mais
para não soltar spoiler. Peter, o inimigo número um da Tris em ‘Divergente’
ganhou o meu respeito neste segundo volume, e isto foi um dos fatores que mais me
agradou.
Tobias, o
nosso amado Quatro, foi muito bem explorado pela autora em ‘Insurgente’ e eu
fiquei ainda mais apaixonada por ele. A história terminou em um ponto bem
crítico e polêmico, afinal, foi parcialmente revelada a verdade por trás da
origem das facções. Se eu estou ansiosa para ler Convergente? Imagina!
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