RESENHA: A probabilidade estatística do amor à primeira vista - Jennifer E. Smith
E cá estamos outra vez, trazendo mais uma super resenha! Os colaboradores do Drunk realmente arrasam e não estão deixando nenhum pouquinho à desejar, então eu espero que assim como eu, vocês gostem de mais esta crítica. Não se esqueçam de deixar comentários para a Ana Cristina, dizendo o que vocês acharam do texto dela. Já já sai mais um Top Comentarista, então fiquem de olho... :D
Esse é para ser um tipo de romance leve, como o título parece sugerir, e se você lê-lo, talvez ache isso também. Mas a minha mente complexa não focou somente no romance da estória, mas principalmente no drama.
O livro acompanha a
protagonista Hadley, que se atrasa quatro minutos e perde o voo para Londres
onde será celebrado o segundo casamento do pai, e esse é o drama central, na
minha opinião. Enquanto espera o voo seguinte ela conhece Oliver, um britânico
fofo que viaja no mesmo voo ao lado dela, - fofo mesmo pessoal. E a viagem de
mais ou menos 10 horas ao lado de Oliver, acaba deixando de ser tão entediante.
Ele até mesmo, acaba distraindo ela de sua claustrofobia.
De repente, parada na esquina no meio de Londres, ela se dá conta de
que conhecê-lo foi um milagre. Imagine se tivesse chegado na hora certa para o
primeiro voo? Ou se tivesse passado todas aquelas horas ao lado de outra
pessoa, um estranho que, mesmo depois de quilômetros, continuasse sendo um
estranho? A ideia de que seus caminhos quase não se cruzaram a deixa sem ar,
como se acabasse de escapar de um acidente numa estrada.
Pág. 141
Todas as partes
relacionadas ao romance são uma graça e dá pra ficar rindo sozinha e com aquele
nervoso esperando que se beijem ou digam algo meigo, mas os capítulos dedicados
a relação com os pais e seus sentimentos quanto ao casamento do pai são
realmente os que mais mexeram comigo.
Como filha de pais
separados, eu me identifiquei com os sentimentos da Hadley, inclusive a raiva
dos pais, e eu entendi perfeitamente sua relutância em ir ao casamento do pai.
Afinal essa é a prova mais concreta que o final da sua família é definitivo, e
você se sente impotente e cheia de dúvidas que ninguém pode te responder, e você tem que descobrir
sozinha, pois nem seus pais tem as respostas.
É mais difícil quando aos
seus olhos o casamento dos seus pais parece perfeito, e então um deles sai de
casa e você fica confusa tentando entender o que aconteceu. E quando você não
consegue as respostas você fica furiosa com eles por ter que ficar no meio de
todo aquele sofrimento, então um dia aquilo se torna um fato corriqueiro pra
todos, menos pra você. E você só quer odia-los, mas não consegue, afinal eles
são seus pais. E você é obrigada a superar o fim também.
Ela quer que ele discuta,
brigue, faça o papel do cara egoísta tendo uma crise de meia-idade, quer que
ele seja o homem que ela vinha imaginando há semanas, há meses. No entanto, ele
permanece sentado com a cabeça baixa, com as palmas das mãos sobre as pernas e
uma expressão totalmente derrotada.
Pág. 184
Essa resenha acabou se
tornando mais um desabafo do que uma resenha mas espero que vocês gostem. Como
eu disse antes, metade do livro é uma gracinha – quando romances teen não são?
– mas a outra metade é um drama e me ajudou a rever meus sentimentos e
compreender meus pais um pouco melhor. Até já tive um papo com minha mãe depois
da leitura.
O livro vale a pena, além
de ser bem curtinho. Nesse estilo literário é certamente um cinco estrelas.
Tem 26 anos, estuda hotelaria e é aquariana em todos os sentidos. Apaixonada por livros, julga-os pela capa e adora uma boa promoção. Também gosta de filmes de todos os gêneros, principalmente terror. Adora assistir séries de TV junto com o maridão e música boa, apesar de não entender muito de música.
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