RESENHA: Tudo aquilo que nunca foi dito - Marc Levy
Boooa tarde gente! Já estou de volta, desta vez trazendo mais uma super crítica literária para vocês. A resenhista da vez é a Ana Cristina e o texto dela mais do que merece ser lido. Com poucas palavras, um mar de sentimentos e um balde de talento, a Ana nos mostra a essência de 'Tudo aquilo que nunca foi dito' do Marc Levy. Aposto que assim como eu, vocês irão amar cada partezinha desta resenha. Não deixem de comentar, dizendo o que acharam, aposto que a Ana irá amar saber! Super beijo :*
Com mais de 23 milhões de livros vendidos e traduzidos em 42 línguas, o autor francês mais lido no mundo, Marc Levy, volta a cativar os leitores em seu oitavo livro. Em Tudo Aquilo Que Nunca Foi Dito, Marc Levy aborda a relação conflituosa entre um pai e uma filha. Poucos dias antes do seu casamento, Julia recebe um telefonema do secretário de seu pai. Como ela já tinha previsto, Anthony Walsh - empresário brilhante, mas pai distante - não poderá comparecer à cerimônia.
A ausência de seu pai em momentos importantes de sua vida da filha não é novidade para Julia. Mas pela primeira vez, a personagem tem que reconhecer que ele tem uma boa desculpa: Anthony Walsh morreu.
A ironia amarga da situação, com Julia forçada a adiar o casamento para enterrar o pai, faz aquela parecer mais uma das peças pregadas pelo destino na difícil relação entre os dois. Mas, no dia seguinte ao funeral, ela descobre, na forma de um enorme pacote deixado na porta de sua casa, que aquela não tinha sido a última surpresa de seu pai - e parte na viagem mais extraordinária de sua vida, uma oportunidade para que os dois digam um ao outro, enfim, tudo aquilo que nunca foi dito.
Esse livro é simplesmente lindo, fiquei até com uma espécie de carinho por ele. Às vezes eu lia outras eu só alisava a capa.
Sabe quando você começa a ler um livro e depois dos primeiros capítulos
ainda não decidiu se gosta ou não? Comigo foi assim, eu tinha uma
expectativa bem alta, só ouvi coisas positivas sobre o livro na internet.
Normalmente quando a minha expectativa é alta eu fico com medo de me
decepcionar - isso aconteceu com Belo Desastre, uma baita expectativa e no fim
das contas o livro era incrível, e me senti exatamente como a Kate resenhou.
Então quando peguei Tudo Aquilo Que Nunca Foi Dito, estava com medo da decepção
e depois dos primeiros capítulos achei mesmo que o livro estava indo por um
caminho diferente do esperado, mesmo sem lembrar a resenha - estava na minha
lista há muito tempo - achei muito fantasioso. Mas o livro se provou incrível
depois que aceitei a parte mais irreal da estória, e estou completamente
apaixonada.
Umas das provas da minha paixão é que eu comecei a
escrever essa resenha antes de sequer terminar o livro, ainda faltam umas 20
páginas.
Mas falando sobre o livro, - agora terminei a leitura – ele nos conta a
estória de Julia, que a quatro dias do seu casamento recebe a notícia da morte
do pai e como seu enterro será no mesmo dia do casamento, mesmo não sendo tão
próxima, ela se vê forçada a adiar o casamento. Logo após o enterro e antes de
remarcar uma nova data para o mesmo ela recebe um enorme pacote em casa e
mais uma vez parece que suas escolhas saem do seu controle, até você perceber
que é disso que o livro trata – nossas escolhas e nosso real esforço em
alcançar nossos objetivos ou culpar outras pessoas pelo nosso insucesso.
Julia, a gente pode culpar a nossa infância, acusar interminavelmente
nossos pais por todos os males que nos afligem, incriminar a eles pelas
provações da vida, por nossas fraquezas, nossas covardias, mas, no fim, nós
somos responsáveis pela nossa própria existência, nós nos tornamos o que
decidimos nos tornar.
Pag. 231
No começo do livro fui simpática a Julia, afinal seu pai sempre deu
prioridade para os negócios. Mas depois de um tempo passei a compreender de
certa forma os motivos do Anthony, e até ficar favorável as suas ideias, não
concordei em momento algum, só fiquei mais compreensiva. Apesar da capa do
livro não estar relacionada diretamente com a sinopse, envolve as
consequências da proteção velada de Anthony mesmo a distancia. Apesar de ser a
favor dos motivos de Julia para se manter afastada do pai, eu me questionei
muitas vezes se não teria feito as mesmas escolhas para poupar meus filhos do
mundo.
- Não procure se enganar Julia, não se pode levar a vida com lembranças
que se confundem com remorsos. A felicidade precisa de certezas, por menores
que sejam. Só você pode escolher agora. Não vou estar mais aqui para decidir no
seu lugar e, aliás, há muito tempo já não era mais esse o caso, mas tome
cuidado com a solidão, é uma companhia perigosa. Pag. 193
Inclusive, foi um dos livros mais difíceis de escolher os trechos para
resenha, tem vários deles que nos fazem pensar a respeito das nossas escolhas.
O livro também trata de coragem e de amor, de realmente correr atrás e não ter
medo das consequências.
Então leiam, é lindo. Sempre vale a pena repensar nossa vida e nossas
decisões. Provavelmente esse vai estar no meu Top Five 2015.
Oii Ana :}
ResponderExcluirNão sou fã de dramas, principalmente com são relacionadas a família .. Mas confesso que a minha opinião sobre essa leitura, que no começo achei que seria péssima, mudou depois que li a resenha!
Não sei se aceitarei os motivos do pai da Julia ter deixado ela nos momentos mais importantes, e nem se irei ser mais relevante com ele por conhecer seus motivos, mas ainda assim fiquei curiosa pra saber qual foi (ou quais foram) a surpresa que ele deixou pra filha .. Sinceramente? Essa capa não ficou boa, e foi um dos motivos de ter rejeitado o livro a principio!
Bj