Helena De Troia - Francesca Petrizzo
Booa noite Drunk Lovers! Seguinte, prometi novidades, e estou trabalhando nisso! Fiquem sossegados e ligados no Drunk :D Aproveitem a resenha!
Kate Willians
Helena de Tróia – Francesca Petrizzo
Sinopse: Um navio retorna de uma intensa
batalha pelas costas gregas. Uma mulher observa o contorno do Peloponeso na
penumbra do crepúsculo. É a jovem Helena, oferecida pelo pai ao conquistador
Menelau para garantir a paz e sobrevivência de seu povo. Uma fatídica decisão
que seria carregada de tristeza e tragédia, porque Helena começa a buscar nos
braços de outros aquilo que lhe fora negado.
Francesca Petrizzo desnuda sua
lendária protagonista e cria uma mulher que estourou nas páginas da História
com a força, a raiva e suavidade de um personagem real, um arquétipo de todas
as mulheres que ao longo do tempo tem as razões opostas ao coração, mas não se
entregam sem lutar.
Numa narrativa lírica e original,
esta obra traz a versão de Helena da história que é conhecida em todo o mundo –
a disputa que originou a guerra de Tróia. De sua infância em Esparta aos anos
turbulentos de sua união com Menelau e a fuga com Páris a todas as suas consequências.
A vida de uma mulher que estava destinada ao poder, mas era movida a paixão e
seu amor provocou uma das guerras mais famosas de todos os tempos.
Resenha por Kate: Helena
cresceu em meio á frieza e indiferença de seus familiares. Sentia – se ignorada
por todos eles, até mesmo por sua mãe – que parecia mais ocupada em se deitar
com os soldados do que com a filha mais nova. A cada ano que se passava, se
tornava mais bonita e isto só aumentava a fúria e inveja de Clitemnestra – sua irmã
mais velha.
E é
quando Helena é sequestrada por um homem cruel com desejos insanos, e salva por
um belo soldado de olhos verdes, que ela se apaixona pela primeira vez. Um amor
inocente, puro e verdadeiro. E quando percebe estar apaixonada, uma doença terrível
pega Esparta de surpresa, matando muitos dos seus e prendendo Helena longe de
tudo o que acontecia. Na pira que queimava em meio ao pátio, ela sabia que
queimava o corpo do homem que amara, e que nunca mais havia ido visitá-la.
“_
Tenho medo – confessei, e era verdade, naquele corredor cheio de sombras
demasiado longas e de um silêncio excessivo, impregnado de pânico por trás das
portas trancadas. Ele retirou o elmo e o
pousou no chão, junto com a lança. Pôs um joelho no chão para me olhar nos
olhos. Era tão mais alto que eu.
_
Princesa...
Não
pensei. Eu também me ajoelhei no chão e, antes que me faltasse a coragem, tomei
o rosto dele entre minhas mãos. O que fizeram os primeiros homens que
estabeleceram uma hierarquia? Como puderam imaginar que era possível comandar o
próprio sangue? Olhei aquele rosto na luz trêmula do fogo, acariciei-lhe as
faces descarnadas, os cabelos loiros. Aqueles olhos verde – escuros que eu
jamais viria a esquecer.” Pág. 25
E depois dele, vieram muitos outros. Amores, como Helena
descrevia. Paixões que eram substituídas por outras com facilidade... Fantasmas
que eram adicionados a sua extensa lista de amantes. Helena amou a todos.
E quando o marido de Clitemnestra impõe a sua família que
ela se case com seu irmão Menelau, Helena se vê trancafiada num cativeiro
escuro, onde já não existia saída. Teria de se casar. Teria de assumir o trono
de Esparta.
“Esqueci
meu reino. A Esparta dos meus pais, além dos muros do palácio, para mim deixou
de existir. Menelau não, estava contente, gozava em percorrer as estradas,
existia na aprovação de seu povo.
Pequeno
Menelau, ridiculamente baixo entre os guerreiros escolhidos para seu préstito.
Entretanto, aprenderam a respeitá-lo e se tornaram seus. Respeitaram sua
justiça, sua equidade. O fato de ser um combatente como eles. De mim só haviam
conhecido a loucura.” Pág. 57
Hermione, sua filha, era fruto de uma de suas aventuras.
E a decepção de Menelau, que ansiava por um herdeiro. O príncipe de Tróia veio
ao Rei de Esparta. E foi quando Helena se apaixonou pela penúltima vez.
Páris parecia um garoto sorridente, ao propor o plano de
fuga á Helena. Ela tinha a chance de recomeçar ao seu lado. Seria Helena de
Tróia, e não mais de Esparta. Seria feliz.
Quando chega a Tróia, no entanto, Helena se vê diante de
um homem, que diferente dos outros, não cai de primeira aos seus pés. Ele a
odeia.
E é este homem, que será o seu último e verdadeiro amor.
“_
Helena.
_
Heitor.
_
Não é culpa sua.
_
Eu sei.
_
Eu, até hoje, não.” Pág. 124
Helena de Tróia está mais para um livro de contos do que
qualquer outra coisa. A narrativa é bem confusa e me deixou intrigada diversas
vezes. Helena realmente foi uma das mulheres mais desejadas de seu tempo, isso
se tornou claro com o avançar da leitura, e graças a isso, também cultivou
muitos amores. Muitos mesmo. A impressão que a personagem passou foi a de que
no fundo, não amava ninguém se não a si mesma.
Uma guerra aconteceu por conta dela. Todos os seus homens
lutando para tê-la de volta. Mesmo que de forma tão inconsequente.
Francesca Petrizzo é uma boa autora, mas em minha
opinião, ela poderia ter sido um pouco mais descritiva em relação aos
sentimentos de Helena, que ficam extremamente confusos no decorrer da obra. Mas
devo dizer que deu até para se chegar a uma preferência, o amor de Helena por
Heitor, me pareceu o mais puro de todos. Uma ótima leitura, embora um pouco
cansativa. A estética da obra também está maravilhosa, tenho me surpreendido muito
com o trabalho da Lua de Papel!
Capa: 5
Enredo: 4
Desenvolvimento da
História: 4
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Uma blogueira aquariana de 17 anos, que ama escrever e ler de tudo, adora The Vampire Diaries e é mais desastrada que um pato. Sonha em ser jornalista e acaba de publicar o seu primeiro livro; Debaixo das Minhas Asas. |
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